O que é a DEPENDÊNCIA EMOCIONAL
A dependência EMOCIONAL consiste em exigir ou esperar que o outro responda pelo nosso bem estar afetivo e emocional.
Um dependente emocional não consegue tomar decisões (grandes ou pequenas) sem que o "grande outro" (pessoa significativa, como diria Lacan) esteja presente.
Não necessariamente por ter uma personalidade dependente, ao contrário: muitas são pessoas bem sucedidas financeiramente, profissionalmente, conseguem ter um entorno de bons relacionamentos sociais, porém, não concebem a vida sem o seu par afetivo.
Não necessariamente por ter uma personalidade dependente, ao contrário: muitas são pessoas bem sucedidas financeiramente, profissionalmente, conseguem ter um entorno de bons relacionamentos sociais, porém, não concebem a vida sem o seu par afetivo.
Considerando que somos seres biopsicossociais, tentarei discorrer sobre o tema considerando estes aspectos.
Uma possível inferência pode ser feita por meio da teoria do apego de Bowlby (1999), que aponta que a construção dos apegos na infância poderá determinar a forma como a pessoa irá se relacionar na vida adulta.
De acordo com o teórico, uma criança que não vivenciou um padrão seguro de apego nos primeiros anos de vida, possivelmente terá dificuldades de vivenciá-los na idade adulta. Porém isto também não é determinante.
Nem toda criança insegura será um adulto inseguro e vice-versa.
De acordo com o teórico, uma criança que não vivenciou um padrão seguro de apego nos primeiros anos de vida, possivelmente terá dificuldades de vivenciá-los na idade adulta. Porém isto também não é determinante.
Nem toda criança insegura será um adulto inseguro e vice-versa.
Outra forma de compreender a dependência estaria relacionada às incertezas que vivemos no atual momento sócio-histórico: de acordo com Bauman (1999), estamos atravessando a era da liquidez, onde tudo o que era estável e sólido "derreteu" se transformando em líquido.
As facilidades tecnológicas possibilitam a troca de parceiros em apenas um clique, ampliando as possibilidades de escolha, dificultando a formação de vínculos sólidos. Isto tende a levar os indivíduos a vivenciarem uma "segurança líquida".
Nosso cérebro não ainda não evoluiu a ponto de lidar coma rapidez vertiginosa das mudanças que ocorrem em nossa sociedade.
As facilidades tecnológicas possibilitam a troca de parceiros em apenas um clique, ampliando as possibilidades de escolha, dificultando a formação de vínculos sólidos. Isto tende a levar os indivíduos a vivenciarem uma "segurança líquida".
Nosso cérebro não ainda não evoluiu a ponto de lidar coma rapidez vertiginosa das mudanças que ocorrem em nossa sociedade.
Neste cenário de modernidade líquida, onde os amores também são líquidos, a única certeza que se tem é a necessidade de afeto, apoio, carinho, compreensão e amor. Mas como garantir que o outro não nos deletará de sua vida?
Não há garantias possíveis. Porém algumas pessoas acreditam que a única forma de assegurar o amor do outro é abrindo mão de si mesmo.
Não há garantias possíveis. Porém algumas pessoas acreditam que a única forma de assegurar o amor do outro é abrindo mão de si mesmo.
Este processo de "abrir mão de si mesmo", cria uma atmosfera de dependência, pois a intenção aqui pode ser a de aparentar fragilidade para que o outro sinta-se comovido com esta fraqueza e não abandone.
Por este motivos algumas pessoas choram como crianças abandonas pelos pais, quando seu parceiro afetivo tomam a iniciativa de romper o relacionamento.
O comportamento do adulto neste caso, repete o da criança com padrão de apego inseguro (Bowlby, 1999).
Por este motivos algumas pessoas choram como crianças abandonas pelos pais, quando seu parceiro afetivo tomam a iniciativa de romper o relacionamento.
O comportamento do adulto neste caso, repete o da criança com padrão de apego inseguro (Bowlby, 1999).
Como lidar
Se você é dependente EMOCIONAL:
Uma das formas de elaborar a dependência afetiva é exercitar o autoconhecimento, buscando a compreensão dos motivos que te levam a ser dependente.
O primeiro passo é reconhecer-se como tal (parece óbvio, mas muitas pessoas negam esta condição, o que torna o tratamento difícil);
O segundo passo é procurar ajuda terapêutica, para conhecer suas potencialidades e aprender novas formas de exercitar sua autonomia perante os desafios da vida; Uma indicação: o treino de Habilidades sociais da Terapia Comportamental pode ajudar bastante!
O terceiro passo é a prática: começar a viver parcialmente sem o parceiro. Por exemplo, diminuir o número de ligações diárias, de mensagens, começar a andar com as próprias pernas.
Se você convive com um dependente EMOCIONAL:
Não ajuda muito falar "Mas que tal se você direcionasse esta atenção a si mesmo (a)?"
O primeiro passo é fazer uma análise detalhada da relação e verificar se não está alimentando esta dependência de alguma forma, mesmo das mais sutis.
O segundo passo é buscar ajuda terapêutica para trabalhar esta desvinculação gradativa: é o "desmame", afinal, as vezes é doloroso perceber que o outro está caminhando com as próprias pernas.
O terceiro passo é incentivar a independência demonstrando que é possível amar sem viver uma relação "simbiótica" ou "Orobórica" (Ouroborus é uma cobra mitológica que se engole do próprio rabo).
Observe que existe uma grande diferença entre agir com o outro e depender do outro para agir.O dependente geralmente aprendeu a ser submisso ao outro e acredita que esta forma de se relacionar é gratificante. Por isso é comum que algumas pessoas não meçam esforços para agradar a figura de importância, em detrimento de seus interesses
Podemos tomar como exemplo o caso das mulheres que amam demais: algumas chegam a ser espancadas pelos seus pares, mas continuam ali, ao seu lado. No entanto tais sacrifícios não implicam necessariamente em correspondência afetiva.
No entanto, cada um de nós deve seguir seu caminho, aprendendo a fazer as próprias escolhas, respeitando os caminhos alheios.
Existem momentos em que é importante que a relação seja partilhada, mas em outros é fundamental que a individualidade seja mantida, para garantir a qualidade da relação.
Referências
BAUMAN, Zigmunt. Amor Líquido. São Paulo. Martins Fontes; 1999
BOWLBY, John. Formação e rompimento dos vínculos afetivos. São Paulo. Martins Fontes; 1999
Se você ou alguém que você conhece está passando por um problema psicológico, saiba que a Psicoterapia (realizada por psicólogos credenciados) pode ajudar bastante na compreensão de problemas emocionais como este. A Terapia serve para que as pessoas tenham ajuda emocional, apoio psicológico para lidar com problemas da vida em geral, como ansiedade, depressão, fim de relacionamento, luto, amor patológico, etc. Entenda como funciona uma sessão de terapia. Quem pode se beneficiar da Psicoterapia: pessoas em geral, não necessariamente pessoas com transtornos mentais, Convido você a vir conhecer meu trabalho, ou indicar a quem precisa. Meu objetivo como Psicologa e Psicoterapeuta é ajudar as pessoas a entenderem melhor a si mesmas, colaborando para que tenham qualidade de vida afetiva e emocional. Meu consultório de Psicóloga fica na Vila Mariana, Zona Sul de SP Agende uma consulta Gratuita psicológica | |||
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