A dificuldade de relacionamento aflige mais pessoas do que se pode imaginar. Por que algumas pessoas apresentam mais dificuldade em se relacionar que as outras? 
O tema não é fácil e abre diversas possibilidades de entendimento. A proposta aqui não é esgotar o assunto, mas ao contrário, buscar novas formas de entendimento.

O que é a dificuldade de relacionamento?

É a dificuldade que algumas pessoas encontram de se expor ao contato íntimo o formal, nos variados contextos
psicologa em são paulo, psicologa saude bradesco, psicologa amil, psicologa sulamerica, psicologa omintAquilo que para alguns é tão natural, para outras é um pesadelo, preferindo abster-se do convívio social, isolando-se ou buscando apenas relacionamento na internet, onde não precisam se expor com totalidade, podendo "deletar os indesejáveis" quando bem entender.




O que não é considerado dificuldade de relacionamento


Não vamos considerar como dificuldade o simples fato de um indivíduo se desentender somente com uma ou duas pessoas. Isto pode ser uma questão de ajuste na relação e é assunto pra outro tópico. O foco aqui são as dificuldades que trazem limitações e prejuízos sociais, afetivos e financeiros.
Em alguns casos, a história de vida de alguns indivíduos aponta para ocorrências limitadoras durante a infância ou adolescência, levando-os a se sentirem "inferiores", ou "superiores" aos demais. Isto pode colaborar para que alguns indivíduos acumulem pequenas dificuldades para se relacionar e num dado momento percebem que não conseguem mais se relacionar de forma saudável em nenhum contexto.
Precisamos considerar que no momento histórico que atravessamos somos ensinados (através da mídia, principalmente) a temer e desconfiar de todos. Desta forma, formam-se "classes" de pessoas com interesses divergentes, o que desfavorece a formação de novos vínculos. 
Como deixar de lado as diferenças e estabelecer relações saudáveis, se não formos ensinados? Como deixar de temer o diferente? Como confiar no outro? Bem, são questões difíceis e exigem muita reflexão, amadurecimento afetivo e senso crítico bem desenvolvido.

Algumas variáveis 

  • Timidez excessiva
Pessoas que se consideram muito tímidas geralmente têm medo da reação do outro, durante os momentos de interação social. 

A vergonha que sentem indica uma tendência à acomodação, uma vez que é mais cômodo "ficar na sua", do que correr o risco de ser alvo de chacotas ou desagrado.

Em geral, pois não desenvolveram formas de lidar com a possibilidade de rejeição ou desagrado da outra parte, o que os leva a se relacionar o mínimo possível. 

Não funciona muito exigir que se “solte mais”. Ele sabe disso melhor que qualquer um. Apenas não sabe exatamente como fazer isso.


A terapia pode ajudar a encontrar formas de estabelecer vínculos saudáveis e seguros, 

  • Sentimento de rejeição crônica
Indivíduos que apresentam sentimentos crônicos de rejeição, geralmente têm dificuldades de se relacionar com qualquer pessoa, pois se consideram inferior a todos. Geralmente, justificam sua dificuldade com frases do tipo:

“Não tenho assunto”;“Sou feio(a)”;“Não sou inteligente”;“Sou rejeitado”.
Sua visão de mundo é catastrófica: acreditam que as coisas boas só acontecem aos outros, menos com ele. 

  • Sentimento de superioridade
Sim. por mais que pareça bizarro, alguns indivíduos apresentam autoimagem distorcida sobre si mesmos, considerando-se "superiores" aos demais, seja em termos de beleza, riqueza, bondade, poder aquisitivo, classe social, cultura, gostos, etc. 

Estes indivíduos tendem a ser absurdamente seletivos em suas interações sociais, muitas vezes a humilhar pessoas que consideram "inferiores".

Neste caso, a dificuldade de relacionamento é causada pela falta de humildade e empatia, pois estes indivíduos tendem a ser seletivos, escolhendo se relacionar apenas com pessoas que supostamente "estejam à sua altura". Esta escolha é fadada ao fracasso, por dois motivos:

1) Pela cegueira afetiva: não conseguir enxergar as qualidades do outro, focando apenas os defeitos;
2) Pelo narcisismo exacerbado: não desejam simplesmente se relacionar, mas sim, cercarem-se de pessoas que possam cultuá-los, prestando-lhes "homenagens e adoração"

Como lidar com a dificuldade de relacionamento?

Para modificar este quadro, é importante:
  • Ressignificar a auto imagem, quebrar conceitos e preconceitos, desfazer ideias cristalizadas a respeito de si mesmo e do mundo, abrir-se ao outro, deixar de lado (na medida do possível) o sentimento de superioridade, pois são barreiras que contribuem para o isolamento social, trazendo prejuízos em todas os contextos. 
  • Compreender o que é um relacionamento - Relacionamentos são vias de mão dupla. É preciso disposição para compreender e se adaptar ao outro. 
  • Romper as barreiras - Passar em revista seus valores e verifique se não é você que está rejeitando o mundo a sua volta. 
  • Algumas pessoas tendem a eliminar certos relacionamentos por medo de ser "contaminados" pelas ideias alheia e desta forma, perdem a chance de conhecer pessoas maravilhosas e viverem bons momentos. 
  • Se este não é seu caso, ótimo. Se for, verifique o que é melhor: conviver com suas ideias cristalizadas e na solidão ou abrir mão delas e estabelecer relacionamentos saudáveis? 
  • Estar disponível: Bons amigos ou parceiros afetivos não caem do céu. Estas relações precisam ser cultivadas. Por isso é importante sair do ostracismo e demonstrar desejo de proximidade por meio de atitudes simples. 
Conclusão
Se você convive com pessoas que têm dificuldade de relacionamento, saiba que a solução não é forçar o indivíduo a se relacionar, ao contrário, devem-se buscar os reais motivos que conduziram este indivíduo a esta situação de isolamento, portanto cuidado para não invadir o espaço da pessoa ao tentar ajudar. 

Pode ser que ela não queira a sua ajuda. Se precisar, com certeza pedirá.

Seja lá qual for o motivo que leva o indivíduo a não se expor, só podemos considerar como problemático o comportamento de esquiva que tiver trazendo sofrimento para o indivíduo. Nestes casos, sugiro que busque por apoio terapêutico.

Referências
ABREU, C. N. de. Tipos de apego: Fundamentos, Pesquisa e Implicações Clínicas. São Paulo. Casa do Psicólogo, 2005.
LEVINE, A; HELLER, R.S.F. Apegados: um guia prático para estabelecer relacionamentos românticos e duradouros. Ribeirão preto. Ed. Novo Conceito: 2013.



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