O que é "Romantização do Trabalho?" Em linhas gerais, para a psicologia, romantizar trabalho significa colocar no trabalho uma energia emocional desproporcional ao que é exigido.
É como se toda a "libido" de outras áreas da vida fosse canalizada apenas para o trabalho, não sobrando quase nada para a vida afetiva, familiar, social, pessoal, etc.
O indivíduo que romantiza trabalho tende a esperar que os colegas de trabalho, chefes, gestores, subordinados, etc se comportem como se fossem mais próximas do que realmente são, e como se o trabalho fosse o eixo principal da vida.
O indivíduo que romantiza trabalho tende a esperar que os colegas de trabalho, chefes, gestores, subordinados, etc se comportem como se fossem mais próximas do que realmente são, e como se o trabalho fosse o eixo principal da vida.
A romantização do trabalho gera projeção psicológica de afetos:
Algumas pessoas transferem os afetos da vida particular para a vida profissional e acabam esperando que os gestores ajam como os pais, que os colegas ajam como os irmãos, e que os pares ajam como parceiros afetivos.
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Por que isto ocorre?
Dejours (2011) aponta que o prazer que o indivíduo encontra na realização de um determinado trabalho mobiliza todas as emoções. Uma vez que as emoções entram em jogo, é esperado que as emoções ruins também apareçam.
No entanto, os ambientes de trabalho não são os locais adequados para expressar emoções, especialmente as negativas.
O que está em jogo ali é algo material, não afetivo. Então siga as regras: não pague com emoção aquilo que será pago de outra forma. Não desperdice suas emoções.
Dê ao trabalho o melhor de si, em termos de cognição: coloque sua atenção, concentração, memória, capacidade de resolução de conflitos, capacidade discriminatória, foco, tomada de decisões, enfim todas as habilidades executivas que nosso cérebro possui. Trabalhe com responsabilidade, cumprindo seu dever da melhor forma, mas..... DEIXE AS EMOÇÕES DA PORTA PRA FORA.
Como não romantizar o trabalho
No trabalho colocamos nosso cérebro, não nosso coração.O que está em jogo ali é algo material, não afetivo. Então siga as regras: não pague com emoção aquilo que será pago de outra forma. Não desperdice suas emoções.
Dê ao trabalho o melhor de si, em termos de cognição: coloque sua atenção, concentração, memória, capacidade de resolução de conflitos, capacidade discriminatória, foco, tomada de decisões, enfim todas as habilidades executivas que nosso cérebro possui. Trabalhe com responsabilidade, cumprindo seu dever da melhor forma, mas..... DEIXE AS EMOÇÕES DA PORTA PRA FORA.
Lembre-se de que se você é descartável para a empresa, a empresa deverá ser descartável pra você também, ou seja, se estiver sofrendo abusos psicológicos, busque ajuda, apoio, ou mesmo outro emprego. Você é mais importante que a empresa. Não romantize trabalho.
Abuso moral no trabalho
Alguns Funcionários são ensinados a rir quando querem chorar; a calar quando querem falar; a consentir sob pressão; a tolerar assédio moral, sexual, psíquico, discriminação de cor, de classe, de função. São ensinados a agir como se não fossem humanos. E isto leva ao adoecimento.
Para evitar esta situação de adoecimento algumas dicas são importantes, embora não substituam a psicoterapia:
- Aprenda a dizer não. Comece pelas pequenas coisas.
- Tente não levar trabalho pra casa, nem problemas de casa para o trabalho. Esta dica é útil para estabelecer limites;
- Evite participar de"panelismos";
- Responda às solicitações dos colegas com firmeza, determinação e sinceridade; Tente não alterar a voz
- Não mencione situações pessoais para justificar erros no trabalho, exceto se for estritamente necessário;
- Se for preciso "bajular" pessoas para conseguir algo, é hora de rever esta atitude, pois fazer este tipo de concessão só reforça este tipo de comportamento;
- Se está sofrendo algum tipo de assédio, é importante levar o caso para algum gestor.
....e não romantize trabalho.....
Veja também: A Romantização do trabalho
Referências:
Dejours, C. (2008). Alienação e Clínica do Trabalho. In:S. Lancman & L. Sznelwar.Christophe Dejours: da psicopatologia à Psicodinâmica do Trabalho. (2a edição ampliada, F. Soudant, S. Lancman e L. I. Sznelwar trads. pp. 255-286). Rio de Janeiro: Fiocruz Brasília: Paralelo 15.